POR TERRAS DE MAFRA

Um rio, uma ermida e a Natureza sempre presente
2018-06-23 (Sábado)

Caminhada circular com inscrição no local!

É junto à Associação Cultural e Recreativa do Carvalhal, bem conhecida de quem participou na XIII edição da Marcha dos Fortes, que vai ter início esta nossa atividade.

Começaremos por fazer uma pequena parte do caminho percorrido durante a 3ª etapa da Marcha dos Fortes, ao longo do rio Lizandro, também conhecido por rio de Cheleiros.

Este rio, com cerca de 30km desde a sua nascente em Venda do Pinheiro até à sua foz na bela Praia da Carvoeira, perto da Ericeira, proporciona uma verdadeira viagem pela ruralidade a quem passeia pelas suas margens, uma vez que esta região saloia possui uma agricultura, mais ou menos intensiva, tirando proveito da fertilidade dos solos.

Teremos, por isso, a oportunidade de apreciar belas paisagens junto ao rio, bem como nos terrenos sobranceiros onde ascenderemos por suaves caminhos tradicionais.

Vamos passar por pedreiras curiosas, lavadouros e fontes tradicionais antes de descermos, de novo, ao Lizandro que atravessaremos (há a possibilidade de termos de tirar as botas se o seu caudal ainda estiver alto).

Seguimos, depois, em direção a Montesouros, povoação onde ainda se podem ver os restos de umacalçada romana, para logo entrarmos num dos vales mais bonitos de Mafra – o vale do Arquitecto – que percorreremos até à capela do Arquitecto.

Não se sabe a verdadeira origem da Capela de Nossa Senhora do Arquitecto, conta a lenda que, ao finalizar a sua grandiosa obra, o arquitecto responsável pela construção do Convento de Mafra (o genial João Frederico Ludovice) terá mandado construir duas capelas, uma no ponto mais alto e outra no ponto mais baixo do concelho, respectivamente a Serra do Socorro e o vale que corre ao fundo do Longo da Vila, renomeado para Vale do Arquitecto. De acordo com outra lenda esta capela deve-se à promessa de um pescador que, ao ver-se livre do mar num dia de tempestade, a terá prometido a Nossa Senhora do Socorro.

A ermida terá sido erguida no séc. XVI e, no seu interior, podem ver-se imagens de santos, saídas daEscola de Escultura de Mafra.

Aproximamo-nos depois da cidade de Mafra, atravessando a A21 mas, como não é ela o nosso destino, vamos em busca de mais caminhos bucólicos que nos levarão ao local onde começamos a atividade, ou seja, ao Carvalhal.

Características do percurso: Circular, com cerca de 16km, decorre maioritariamente por caminhos rurais, levemente ondulado e com uma pequena travessia do rio Lizandro que, eventualmente, poderá ter de nos fazer tirar as botas.

Não está prevista neutralização. No entanto, esta poderá ter lugar, por conta dos interessados, através da utilização de um táxi.

Cartografia: Folha 402 da Carta Militar de Portugal, na escala 1/25.000.

Recomendações: Levar água e farnel bem como botas de montanha e, eventualmente, bastões. Caso a chuva persista, e o nível do Rio Lizandro se encontre acima do habitual, pode ser útil levar um pano/toalha e uma muda de meias.

Ponto de encontro: Às 9h30 em Carvalhal (Cheleiros) no largo em frente à Associação Cultural e Recreativa. A povoação do Carvalhal fica na EM606, a cerca de 10,2 km de Mafra. Está previsto que a actividade termine pelas 18h00.

Inscrição no local: 6,00 € (inclui seguro). Quem tiver seguro da Federação Portuguesa de Montanhismo e Escalada (FPME) paga 5,00 €.

O preço inclui o seguro da actividade.